29 de março de 2012

Senhas


 
No mundo moderno nós vivemos rodeados por senhas. Senha para acessar a conta corrente, para sacar dinheiro, para pagar contas no cartão de crédito ou débito, para comprar roupas no cartão daquela loja que você adora, para acessar o computador da empresa, para ligar o celular, senha para acessar o Orkut, outra senha para o Facebook, senha(s) do(s) e-mail(s). Só eu, acabei de contar, tenho 18 delas!!
A tecnologia das máquinas nos exige as senhas, mas o nosso cérebro, não sendo máquina, em algum momento acaba dando “biziu”. É muita senha para pouca memória ou memória sobrecarregada.
Uma senha ou palavra-passe, ou ainda palavra-chave, ou password, é uma palavra ou código secreto previamente convencionado entre as partes como forma de reconhecimento. São amplamente utilizadas para autenticar usuários e conceder-lhes privilégios — para agir como administradores de um sistema, por exemplo — ou permitir-lhes o acesso a informações personalizadas armazenadas no sistema. (Wikipédia)
Senhas, senhas, senhas... Se você parar para pensar, não são apenas as máquinas e sistemas que as solicitam. Muitas outras situações requerem senhas, ainda que nós não as chamemos ou as vejamos assim.
Qual a deixa para você perceber que alguém está a fim de você? Ou a fim de algo a mais? Esse é um exemplo de um momento em que nós precisamos de um código para seguir em frente. Uma dica. A senha para entrar em outro coração... Uma vez informado esse código, você vai estar plenamente apto a compartilhar as informações que deseja. Um olhar, uma mordida de lábio, um sorriso maroto, uma frase significativa, tudo são sinais que vão sendo convencionados entre vocês dois, e que, usados, permitem o reconhecimento das suas vontades e desejos. E não adianta outra pessoa dar o mesmo sorriso ou falar a mesma frase, não haverá conexão. Estes sinais serão próprios de vocês dois, através dos quais só um e/ou outro terá privilégios, aonde qualquer gesto de um terceiro não será reconhecido pelo sistema já decodificado por vocês.
Mas aproveitem. Muito comumente as senhas expiram...

24 de março de 2012

Sábado à noite



A vida corria lá fora, vozes divertidas podiam ser ouvidas ao longe, a música soava alegre, corações pulsavam felizes ao redor. A noite estava apenas começando e dava ares de que seria pura diversão. Mas lá dentro, um coração batia no compasso lento da angústia.

Havia um monte de dúvidas, incertezas e dilemas.

A vida muda em um segundo, algumas horas, em um dia.

A esperança de ontem já não existia mais.

Ela sabia, no fundo do coração, que algo havia mudado. E ela até imaginava o motivo. Mas certeza mesmo, ela esperava ouvir em breve. Sim, esperava ouvir. Porque pior que ouvir a verdade, é saber sobre esta apenas com o passar do tempo, apenas depois que alguém se cala, covardemente, no intuito de mostrar a sua intenção sem nada dizer. Se acontecesse assim, seria péssimo se ver ignorada.

Até ela ter a certeza de que precisava, para seguir em frente livre das dúvidas, lhe restava a opção de ficar com seus pensamentos e lembranças.

Será que havia a necessidade de se ser tão racional? E o sentimento? A química? A atração? Os gostos em comum? A sincronia? As conversas prazerosas? Tudo seria trocado por um único fator tido como antagônico?

Ela não tinha escolha, não naquele momento. Ela até podia sair, tentar se divertir, mas a dúvida estaria o tempo todo a lhe incomodar a alma, sugando sua energia e teimando em lhe tirar o sorriso do rosto. A ficar assim, ela preferia estar em casa.

Estar sábado à noite em casa...

15 de março de 2012

A porta-voz do Bom Velhinho

Segue texto de um blog que eu acompanho e gosto muito: Surfista Platinado.
Achei super engraçadinho!!!!

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Ok, o Natal já passou faz tempo. Eu sei, mas um certo diálogo, por mais atrasado que esteja, merece registro. A tal conversa se passou entre uma mãe e o casal de filhos – ele com cinco anos e ela com sete.




Era uma vez...

FILHA: Mãe, preciso falar com você.


FILHO: Eu também.


MÃE: Claro. Sou toda ouvidos. Um de cada vez, por favor.

FILHA: Tenho que falar com o Papai Noel.


MÃE: Mas nós fomos ao shopping ontem. Você já falou com ele.


FILHA: Mãe, aquele lá não era o Papai Noel. Ele não resolve.


MÃE: Querida, você já mandou a sua cartinha para ele.


FILHA: Eu sei, mas preciso falar com ele. Ele tem email?


MÃE: Bom, provavelmente não. Se tiver, eu não sei qual é.

FILHA: E celular? Ele deve ter celular. Se for iPhone, eu ligo de graça do seu aparelho.


MÃE: Querida, não tem cobertura de celular no Polo Norte. Aqui no Rio já é complicado, imagina lá por aquelas bandas.


FILHA: Mãe, é urgente. E internet? Ele tem internet? Posso falar com ele pelo Skype.


MÃE: Querida, escreve o que você quer e me passa. Eu dou um jeito de dar o recado para o Papai Noel.


FILHA: Mãe, é particular.


MÃE: Nós não temos segredos uma da outra. Escreve e depois me passa. Eu encaminho para o Papai Noel.


Garotinha obedece e sai contrariada...


MÃE: E você? Qual o problema?


FILHO: Mãe, Papai Noel é velhinho, né?


MÃE: Sim, ele é.


FILHO: Bem velhinho, né?


MÃE: Sim, bem velhinho.


FILHO: Mãe, tem algum risco do Papai Noel morrer antes do Natal e não trazer o meu presente?


MÃE: (...)



QUAL A MORAL DA HISTÓRIA, HE-MAN?

Amiguinho, por mais sábio, articulado e gostosão que seja, o Homem mais Poderoso do Universo tem medo dessas crianças conectadas. Geração @ é fogo! A lição maneira de hoje se concentra na sutileza. Por mais online que sejam, crianças ainda fantasiam. Seja legal com os sonhos delas e deixe que elas descubram a vida naturalmente. E outra coisa, Papai Noel não atende ao celular porque ele é cliente TIM.

Amiguinho, oriente os seus coleguinhas sobre a importância da reciclagem, mas sem se tornar um eco-chato. He-Man, Papai Noel e o Coelhinho da Páscoa detestam os eco-chatos!

Sociabilizar é bom


Happy hour, balada, jogo de futebol ou qualquer outro momento especial: nessas ocasiões, nada melhor do que você se sentir fazendo parte da turma, interagir, estar no mesmo pique de todos. Geralmente, nessas ocasiões, o que te deixa mais solto e descontraído? Um suco? Um café? Uma cerveja? Claro que você respondeu que é a cerveja!

Há quem não seja um bebedor nato. Mas mesmo esses concordam que na hora de reunir a turma para se divertir, é imprescindível que se tome alguns copos de chopp para acompanhar o pessoal, se soltar, rir, falar bobagens, jogar conversa fora, se descontrair e se tornar mais próximo do seu companheiro de mesa de bar. Às vezes se tornar até mais íntimo... Por que não?

É claro que não chego ao ponto de dizer que é só estando “altinho” que alguém toma coragem para dizer ou fazer algo. Mas é certo que a cerveja ajuda a pessoa a se libertar do comportamento padrão, a mostrar a sua opinião sincera, pois ela fica desvestida de uma timidez que pode atrapalhar no dia a dia. Nesses momentos de pura e gostosa sociabilização, a pessoa se mostra sem as reservas que normalmente ela teria se não estivesse bebendo. Ela não se torna outra pessoa, mas sim, está podendo ser verdadeira por causa do efeito do chopp, que some com os seus freios sociais e lhe permite descontrair e ser como ela tem vontade, sem se preocupar com o que os outros vão pensar.

O professor Jason Kawall, no livro Cerveja e Filosofia, defende a importância do álcool na sociabilização e formação de amizades. As histórias compartilhadas tanto no momento em que se bebe, quanto depois da bebedeira (aqui, ele defende aquelas histórias engraçadas dos dias de exagero), moldam a amizade, fortalecendo os laços. Para ele, dividir um café é um gesto de uma aproximação formal, enquanto um convite para cerveja é a abertura para uma intimidade maior. Todos já ouviram a célebre frase: “nunca fiz amigos bebendo leite”.
Personalidades das mais diversas se rendem ao prazer que a cerveja proporciona. Eis as suas frases:
 “Você pensa que o homem precisa de regras; ele precisa é de cerveja.” – Henry Miller
“Nunca vi boa amizade nascer em leiteria.” – Vinicius de Morais

“Para que qualquer país seja considerado um país, ele deve ter uma força aérea, um time de futebol e uma cerveja. Pode até não ter uma força aérea ou um time de futebol, mas tem que ter uma cerveja.” – Frank Zappa

“Cerveja é a prova de que Deus nos ama.” - Benjamin Franklin

Dizem que, talvez, as melhores ideias nasçam nesses momentos de bebedeira. Então, se entregue a alguns momentos de birita. Você irá ganhar, no mínimo, um amigo, e no máximo, uma bela gozação no dia seguinte.  Tudo bem. A ressaca moral será coletiva.


"A Felicidade só é real quando é compartilhada."
(Christofer Mccandles)