21 de novembro de 2008

Há Irmãos... e Irmãos

No dicionário encontramos o seguinte significado da palavra “irmão”:
- aquele que possui mesmo pai ou mesma mãe
, biológico(a) ou adotivo (a); pode-se chamar de irmão também aquele com o qual se tem forte laço de amizade, ou aquele que possui a mesma crença religiosa.

De qualquer forma, falar em irmão é falar de carinho, afinidade, amor, companheirismo, fraternidade, sinceridade, tolerância, afeto, aceitação.
Na vida, podemos nascer tendo irmãos ou podemos escolher irmãos. Temos aquelas pessoinhas que desde pequenas seguem o caminho junto de nós, aprendendo com a gente ou nos ensinando, sem que um nem outro tenha pedido tal companhia. Deus colocou-as ali ao nosso lado, e a vida foi mostrando que aquelas eram pessoas às quais devíamos amar e cuidar. O fato de ter sido Deus o responsável por esses irmãos, faz com que eles sejam um tesouro imensurável. Na grande maioria das vezes é fácil cumprir o ritual dessa caminhada de amor que nos é imposta. Algumas desavenças podem ocorrer mas temos no coração a eterna chama do perdão que sempre a tudo apazígua. A facilidade de perdoar esse tipo de irmão é quase nata. Nos ensinaram desde sempre que é assim que deve ser, e a gente aprendeu a viver isso sem muitos porquês. Esses irmãos, não há como serem evitados, e por esta razão eles nos ensinam efetivamente o significado do “bem conviver”.
Algumas vezes a gente escolhe irmãos, pessoas as quais, sem explicação, cruzam o nosso caminho
de tal maneira marcante, que quando percebemos elas já se tornaram indispensáveis ao nosso viver. Estas, escolhemos com critérios centrados no valor que elas possam trazer dentro si. Para elas confessamos segredos, inseguranças, sonhos, e compartilhamos sucessos, conquistas e alegrias. Muitas vezes esse tipo de irmão se sobressai ao primeiro tipo, e passa a ter um siginificado todo especial na nossa vida.

Irmãos, de um jeito ou de outro, nos fazem aprender a ter responsabilidade, a sermos generosos com os outros, a nos sentirmos úteis e laboriosos. Com irmãos aprendemos a compartilhar, a sermos mais autônomos, resistentes e adaptáveis ao mundo. Ter um irmão, literalmente ou no sentido figurado, é ter a certeza de haver um recanto onde vamos encontrar apoio, amizade e confiança.

12 de novembro de 2008

Natal


Está se aproximando a época do ano que eu mais gosto: o Natal!
Essa é uma data que para mim é muito especial, e pela qual eu ainda sinto o mesmo encanto que eu sentia nos tempos de infância.
Posso fechar os olhos e passear pela memória dos meus Natais... e posso sentir a felicidade de outrora me contagiando. Pura nostalgia...
Meus pais sempre fizeram questão de montar a árvore de Natal, enfeitar a casa com pisca-piscas, programar a festa na casa da minha avó (vovozinha, quanta saudade!), sair com meus irmãos e eu para comprar os presentes, comprar roupas novas para a data, enfim, na minha casa o Natal sempre foi tratado como um acontecimento especial, que é como deve mesmo ser.

Mas o mais mágico de se lembrar se concentra na cartinha para o Papai Noel, que meus pais incentivavam os meus irmãos e eu a escrever.
Meus irmãos eu não sei, mas eu acreditei no bom velhinho – aquele mesmo, de roupa vermelha, barba branquinha, sininho na mão - até por volta dos meus oito anos. Todos os anos eu escrevia a carta, e ficava maravilhada ao receber o presente pedido! Na minha inocência eu nunca percebi como os adultos faziam para colocar o presente do Papai Noel no meio dos outros presentes que já estavam ao redor da árvore, sem que eu percebesse todo o movimento suspeito para tal. Criança é um ser tão lindo e puro... Eu tive, em muitos daqueles anos, a certeza absoluta de ter visto o trenó do Papai Noel no céu, de ter visto o vulto dele, de ter visto a mão dele naquela luva branca me acenando um tchauzinho. Sim, eu vi mesmo!!!! Tudo que a minha imaginação e ingenuidade me permitiram ver naqueles dias natalinos fazem parte das sensações que eu vivi e que me permitiram ser o que eu sou hoje. E a mão do Papai Noel eu vi sim! É que era a mão da minha avó - do lado de fora da janela, no terreiro que era mais baixo que o nível do quarto - me dando um tchau mais que especial. E ela bem sabia que aquele tchau iria fazer diferença na minha vida... Essa fantasia de criança é muito saudável; é o primeiro passo para que possamos ir compreendendo ao longo da vida como podemos transformar um desejo em realidade. Mesmo depois que a infância passa, a magia da época do Natal e a chegada do Papai Noel são fatos que ficam marcados para sempre na memória e que influenciam, inclusive, a educação dos filhos que a gente possivelmente venha a ter.

E essa aura de magia é que começa a formar dentro da gente um sentimento importantíssimo que muita gente perde quando cresce: a esperança.”

Incentivar os filhos a viverem as fantasias da época de criança, vivendo cada etapa de suas vidas, é fundamental para que eles aprendam a vivenciar as transições de maneira saudável, como por exemplo, descobrir, um dia, que o Papai Noel é o seu próprio pai, ou mãe. Os pais são o suporte para essas e outras descobertas, e isso vale para a vida toda! Por isso, relembrar os meus Natais é tão significativo para mim. Me faz confirmar o fato de que meus pais, principalmente, e todos os outros adultos, contribuíram para eu viver a inocência do Natal da maneira mais saudável que pode ser vivida. E foi assim, de maneira saudável, que eu descobri essa invenção de Papai Noel. E descobri que “Papai Noel morava mesmo no céu, de onde vem tudo o que é bom e que a gente vai guardando dentro da gente, como parcas moedas sendo depositadas em cofrinhos da alma. Ele não tinha forma, barba, roupa, letra de forma, sino ou saco de presentes. Ele tinha espírito natalino. E é nisso que eu acredito até hoje.”

“ “ – Trechos extraídos do texto Papai Noel e eu: cartas, de Kandy – Blog Idéias na Janela


7 de novembro de 2008

Piscadinha ou tique nervoso: parte 2

Vim aqui rapidinho só para dizer que a minha amiga, cuja história eu contei ontem, chegou suuupeeerrrr feliz hoje no escritório!
Não é que ela e o mocinho da piscadela seguiram os passos direitinho de como paquerar usando a piscadinha??? Souberam avançar no flerte! E hoje se aproximaram e conversaram pela primeira vez! Perguntaram os nomes um do outro, disseram onde moram, com que trabalham, trocaram telefones... essas bobeiras que se falam sempre num primeiro contato... (ai que preguiça dessa fase! Rs... mas... faz parte!) E o melhor: o convite para um chopp hoje à noite. E viva a sexta-feira! E viva a piscadinha!!

6 de novembro de 2008

Piscadinha ou tique nervoso?

Era só mais uma semana, mais uma segunda-feira começando, nenhuma novidade à vista.
No caminho para o trabalho eis que algo fez a provável mesmice daquele dia ir para o espaço.
Ela sempre reparava nele. Achava o moço simpático, atraente, com feições que lembravam os traços do ator norte americano Christofer Reeve (o Superman). Mas não tinha sido nada além de uma boa impressão acerca da beleza do rapaz.

Naquela segunda-feira, porém, não é que o mocinho resolvera encará-la?? Talvez de tanto ela, todos os dias, passar de relance os olhos nele, naquele dia ele resolveu passar os olhos nela, não tão de relance assim...
Ele fixou o olhar mais de uma vez nos olhos dela. Deu um leve sorriso. E por fim, uma piscadinha. Ela, meio que surpresa, pois não tinha em mente que os olhares dela fossem compreendidos como uma paquera, ficou sem saber como agir. Indagou-se se ele tinha mesmo demonstrado um interesse ou se teria sido apenas um tique nervoso! Poxa, quanta falta de estima, heim? Ela não sorriu de volta nem retribuiu a piscadela, mas mesmo sem pensar muito acabou fitando o mocinho por alguns bons segundos. E os dois foram-se, cada um viver a sua segunda-feira.

Eles sempre se cruzavam no caminho do trabalho. E na terça-feira ela já esperava meio ansiosa o encontro com ele. Aí ela teria certeza: paquera ou tique? Não foi preciso esperar muito. Lá veio o olhar dele novamente, olhos fixos no tímido olhar dela, o sorriso, a piscada, e o cumprimento com um balançar da cabeça. Sim, agora era certo. Ele estava paquerando ela! E ela estava gostando de viver aqueles momentos. Realmente de onde menos se espera, e quando menos se espera, algo acontece. Fazia muito tempo que um homem não a paquerava com uma piscadinha de olho. Talvez só pelos idos da sua adolescência. Hoje em dia isso não anda muito em voga. Ou anda?? Nem ela sabia dizer. Há tempos sozinha, ela nem sabia mais se ainda sabia paquerar!

Os dias da semana passaram depressa. Ela não via a hora de chegar a manhã seguinte para encontrar o dono da piscadinha mais linda que ela tinha recebido nos últimos anos. E na quinta-feira ela e ele evoluíram nas atitudes e já se puderam ouvir as vozes no cumprimento de bom dia. Ela falava para as amigas sobre o progresso da paquera, e dizia: “tudo está fluindo muito bem, obrigada!”
Na sexta-feira, o que aconteceria???? Nem ela sabia dizer. Amanhã, sexta, talvez ele se aproximasse para conversar por aqueles poucos minutos que tinham próximos um do outro. E talvez pedisse o telefone dela para poderem conversar com calma numa outra hora. Talvez... Mas isso faz parte das cenas do próximo capítulo, porque ainda estamos na quinta...

Ouvindo essa história de uma amiga, eu fui pesquisar sobre a piscada na hora da paquera. Você sabe: jogando no Google conseguimos todas as informações que queremos e mais algumas! E você não imagina: tudo eu jogo no Google! Virou mania!
Sobre o piscar de olhos, descobri por exemplo, que um adulto pisca os olhos cerca de 24 vezes por minuto. Bem que a minha amiga tinha razão: a piscada poderia ter sido um tique! É muita piscada e a gente nem sente! Entre os cinco e dez anos, esse número é quatro vezes menor. Quando se está muito cansado, o número de piscadelas pode subir para quarenta. Durante a leitura pisca-se menos. E é possível tentar ficar sem piscar por alguns minutos. O limite geralmente é quatro minutos.
Cada piscada dura apenas cinquenta milésimos de segundo. Considerando as 24 piscadelas, portanto, ficamos 1,2 segundo sem ver a cada minuto. Ao chegar aos setenta anos, um homem não enxergou por um período correspondente a 21 dias. E eu tenho certeza de que você ficou muito mais culto com essas informações!!

Mas vamos ao que interessa de verdade. A piscada na paquera. Encontrei algumas dicas para o caso de você querer conquistar sua alma gêmea através desse artifício.

ALERTAS IMPORTANTES SOBRE A PISCADA:

1- Se você não sabe piscar com um olho só, JAMAIS tente paquerar com a piscadinha. Primeiro, porque você vai acabar piscando os dois olhos e o seu alvo não vai entender que aquilo foi um flerte. Segundo, porque se você forçar a barra para piscar com um olho só, é provável que pensem que você tem um tique e isso não é nada bom. Além de poder parecer que você está fazendo uma careta.

2- A piscada NUNCA deve ser acompanhada por outros gestos. Piscar e dar uma lambida nos lábios, piscar e fazer um "revolverzinho" com a mão, piscar e jogar um beijinho: qualquer combinação dessas pode ser fatal. Além de ser extremamente brega, é claro!

3- A piscada de olho é ótima para uma primeira investida. Mas logo se deve evoluir na paquera. Se a azaração está durando alguns dias (se não ocorre numa balada, por exemplo, como no caso da minha amiga) as piscadinhas são bem vindas no primeiro, ou no máximo, no segundo dia. Você não vai querer ficar se correspondendo através das piscadelas, não é mesmo? Mesmo porque elas acabam perdendo a graça do primeiro momento.

Portanto, cuidado ao dar uma piscada de olho para a pessoa que você está a fim. A famosa piscadinha pode sair pela culatra, dependendo de como for executada. Ao piscar para alguém, você deve ser bem natural, e tentar agilizar a oportunidade para que o velho e bom papo aconteça.
"A Felicidade só é real quando é compartilhada."
(Christofer Mccandles)