28 de abril de 2009

A Escolha É Delas

As fêmeas de certo tipo de lagarto encontrado na Califórnia, escolhem para procriar os machos maiores e donos dos melhore territórios. Os machos mais fortes vivem em territórios com mais rochas, que proporcionam melhores esconderijos para se esconderem dos predadores e também mais possibilidades para se aquecerem ao sol, “lagarteando” em cima das rochas, ou para se resfriarem à sombra atrás das pilhas de pedras. Pedras lisas para tomar sol, com boa visão do terreno à volta, boa sombra e um macho vistoso tomando conta, são irresistíveis para as fêmeas. Espertinhas, heim?! Cobras, principais predadores dos lagartos, aparecem mais nos terrenos piores, onde estão os lagartos menores e mais fracos.
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Cientistas ingleses desocupados descobriram que é a fêmea do camundongo que escolhe o macho. A escolha se dá a partir do cheiro dele. Através do odor dos possíveis parceiros, a camundonga consegue analisar qual deles é geneticamente privilegiado. Tudo ótimo. O problema é se um dia as camundongas evoluírem, passando a escolher pelo cheiro do dinheiro, cartão de crédito ou carro importado.

O galo-da-serra é um pássaro do norte e noroeste da América do Sul. Vive sob as árvores altas, perto dos rios, e deixa este território somente na época da procriação, para encontrar seu par. O ritual para a escolha dos pares é um espetáculo extraordinário. Os galos-da-serra, ajudados pelas fêmeas, preparam um círculo de dança, limpando uma superfície plana que vai servir de palco. Em seguida, os machos vão se empoleirar nas árvores ao redor, enquanto as fêmeas agrupam-se em torno do palco. De repente um dos machos voa para o chão e executa uma dança estranha: abre as asas e vira a cabeça de um lado para o outro, bate os pés com força no chão e pula para cima e para baixo. Quando está exausto, dá um grito característico, realiza a cena mais uma vez e volta ao galho. Um outro galo-da-serra toma o seu lugar no palco e o espetáculo continua até que todos os machos do bando tenham se apresentado. Quando termina a exibição, cada fêmea escolhe o companheiro pela dança que mais lhe agradou.

Processo parecido ocorre com o Marreco de olhos Dourados. A fêmea escolhe o macho que mais balança o pescoço no ritual da paquera.

Em várias espécies de aves o macho é escolhido pelo ninho que constrói, pela cor da plumagem ou pelo canto.

Nos anfíbios, o objetivo do coaxar é atrair um parceiro para o acasalamento. Somente os machos coaxam - as fêmeas são mudas (acho que os machos humanos adorariam isso na nossa espécie). Algumas espécies apresentam dois coaxares diferentes: um nupcial para atrair uma fêmea; outro para advertir um macho rival, no caso dele estar muito próximo. A fêmea escolhe o macho que coaxa mais forte e mais intensamente.

Resumindo, por mais que os machos lutem entre si, quem de fato faz a escolha na maioria das vezes é a fêmea. Com a raça humana também é assim: a mulher sempre escolhe. O homem sempre é escolhido. Aliás, mulher adora esse verbo: "escolher". Mulher e seletividade são duas coisas muito próximas. A mulher quando quer "ser escolhida", cortejada, ela própria cria as condições necessárias. Mulheres adoram as palavras. Então, quando a mulher gosta do camarada, ela o presenteia com diálogos, quer seja com a boca, quer seja com os olhos. Em determinadas circunstâncias, pode haver jogos, estratégias femininas, onde o homem não percebe isso. E normalmente, quando o sujeito se vê envolvido pelo interagir verbalmente feminino, ele foi o escolhido. E, definitivamente, não escolheu.

É assim que funciona, rapaziada! Está aí a ciência que não me deixa mentir!

"A Felicidade só é real quando é compartilhada."
(Christofer Mccandles)