23 de junho de 2010

Jabulani - de bola a nome próprio


Para quem não sabe (se isso ainda é possível), Jabulani é o nome da bola que está sendo utilizada na Copa do Mundo de futebol de 2010, na África do Sul. A bola foi produzida pela Adidas e possui 11 cores diferentes, cada uma representando os dialetos e etnias diferentes da África do Sul.

O nome da bola signifca "Celebrar", em isiZulu. Jabulani é uma palavra da língua Bantu isiZulu, um dos 11 idiomas oficiais da África do Sul. A bola da Copa 2010 tem apenas oito gomos em formato 3D. Seu design possui traços africanos, misturados numa diversificação de 11 cores - o branco predomina. As cores, de acordo com a Adidas, foram escolhidas para representar os 11 jogadores de cada seleção, os 11 idiomas oficiais da África do Sul e as 11 tribos que formam a população sul-africana.

A Jabulani tem sido muito criticada desde o seu lançamento, e principalmente durante os jogos da Copa. Os jogadores brasileiros a apelidaram de “jaburu”. Outros a chamam de “jabu”. Andam falando que o número de frangos dos goleiros tem sido o maior de todas as Copas, e que a bola é leve demais, toma uma direção diferente do chute que é dado, etc. Dizem as más línguas que há uma maldição na bola. O Cid Moreira até gravou uma vinheta que está sendo passada em lances curiosos com a bola, durante os jogos, cujo som leva o espectador a pensar em algo misterioso ou cabuloso demais. É mais ou menos assim: “Jabulââââââââni”!!!!! Ai, ai, ai... Melhor ouvir isso que ser surdo, não é mesmo?

Os entendidos tecnicamente em bola, dizem que a Jabulani não tem nada de anormal. E a Adidas rebateu as críticas, alegando que a bola foi feita após muitos anos de estudo e aprimoramentos tecnológicos. Muitos analistas também classificaram as críticas como sem fundamento, e desconfiam que estas podem ter surgido da rivalidade econômica entre empresas de material esportivo, já que muitos dos jogadores que criticaram a bola são patrocinados pela maior rival da Adidas, a estadunidense Nike.

Como se não bastasse toda a história acerca da bola da Copa, vem do Brasil, como não podia deixar de ser, o fato mais inusitado envolvendo a bola: o nome da redondinha pode virar nome próprio! Será???
O tabelião do cartório da cidade de Jardim de Piranhas, no Rio Grande do Norte, se recusou a registrar uma criança com o nome de Jabulani. Ana Maria dos Santos, de 28 anos, procurou o cartório junto com o bebê, e queria registrar a criança com o sugestivo nome. Mas o tabelião se recusou a fazer a certidão do nascimento. A mãe ficou revoltada, e disse que achava um absurdo a negativa, pois tinha o direito de dar à filha o nome que ela quisesse. E que ia deixar a menina sem nome até que encontrasse um cartório que aceitasse o que a família escolheu. O pai, Alexandre Santos da Silva, disse que resolveu batizar a filha de Jabulani porque ela “é gordinha como uma bola" e, segundo ele, todo mundo na cidade já estava chamando a bebê de Jabulaninha. Heim???!!!

Os donos de cartórios temem uma explosão do nome Jabulani, pois até o quadro "Bola Murcha e Bola Cheia", do Fantástico, será chamado "Jabulani Cheia e Jabulani Murcha" até o fim da Copa. O tabelião justificou o receio, dizendo que um dia os pais acabam se arrependendo e quem sofre é quem foi registrado com o nome. Um funcionário do cartório concordou plenamente com a recusa do registro do nome pelo estabelecimento, pois ele próprio sentia na pele o resultado de modismos do tipo. O nome dele: Pacheco Gomes. Motivo: foi batizado com esse nome em homenagem ao personagem Pacheco, da Copa de 1982. Pacheco ainda é aceitável, não é???? Mas Jabulani... Pais, tenham consciência! E filhos, perdoem seus pais; eles não sabem o que fazem!

Fontes: Wikipédia e Tribuna do Norte

15 de junho de 2010

Futebol: cuidado ao torcer



Futebol é paixão mundial.
Há aquelas pessoas que não dão a mínima para a redondinha rolando prá lá e prá cá no tapete verde do campo, mas essas são pouquíssimas (e geralmente, mulheres). O que se observa, principalmente em época de Copa do Mundo, é uma comoção geral pelo esporte. Devoção ao time da pátria. Constante esperança de que dessa vez vai dar para ser campeão. Clima de paz entre os povos. Antes de ser disputa pelo título, a Copa do Mundo é união entre os povos. Que bom!

Muitas vezes resgatamos para o nosso dia a dia expressões usadas entre as quatro linhas do gramado.
“Acertei quatro números na mega sena; bati na trave!”
“Beijei aquela mina, sim; caiu na área é pênalti, mano!”

Futebol é fonte legítima de emoção. Jogos de futebol têm o poder de provocar prazer de alta intensidade, como euforia e empolgação, resultando em momentos de felicidade para as pessoas. E quem não quer ser feliz, não é mesmo?

Mas o problema é o valor que as pessoas dão a essa felicidade causada pelo futebol.

Muitas delas acham que o mundo pára por causa da Copa – e alguns países param mesmo, como o Brasil – mas não deveria ser assim. Li um exemplo interessante sobre isso na internet, no blog Valores Reais, e o transcrevo aqui.

“Experimente ligar a TV no próximo sábado, visando assistir a uma partida, às 4 da tarde. Quando ligar a TV, saia da sala – deixando-a ligada – e vá fazer qualquer outra coisa, qualquer outra coisa construtiva, ou menos passiva. Leia um livro. Navegue na Internet. Brinque com seus filhos. Passeie no parque. Dê uma volta no seu bairro para fazer compras. Faça um lanche na lanchonete mais próxima.
Quando der dezoito horas, volte à sala de TV. Verifique o resultado do jogo. Quem ganhou? Quem perdeu? Agora eu lhe pergunto: qual foi a influência do resultado da partida sobre a sua vida? Se você tivesse ficado em frente à TV, sua vida teria mudado para melhor, ou para pior? E se você não tivesse ficado em frente à TV?”

Entendeu agora o espírito da coisa?

Copa do Mundo, e o futebol de maneira geral, não deve interferir na vida das pessoas. Enquanto a bola rola e elas estão alienadas em frente à TV, tudo continua a acontecer ao redor do mundo, e muitas vezes até nas cidades onde elas moram, sim! Grandes negócios são realizados, pesquisas científicas continuam em busca de avanços para a saúde, aulas são ministradas para quem busca o saber.

“Futebol causa um prazer momentâneo, não realiza mudanças. As mudanças só ocorrem quando nós agimos, quando deixamos a passividade de lado e vamos atrás de nossos sonhos, quando focamos em nossos objetivos, quando reconhecemos o valor das oportunidades enquanto elas estão aí, em frente às nossas portas.” (Valores Reais)

Futebol é bom para divertir. E diversão faz parte da vida. Só não podemos deixar que ele tome o lugar de projetos importantes. Tomando-se esse cuidado, podemos, daqui a pouco, torcer para a seleção canarinho que entrará em campo contra a Coréia do Norte.

Bom jogo, juízo, discernimento e paz a todos nessa Copa!! Aqui e lá na África. Que vença o melhor!


8 de junho de 2010

Aparando as arestas


Ao longo da vida precisamos nos relacionar com pessoas dos mais diversos tipos: alegres, bem dispostas, queridas, aquelas que vivem de mau humor, ou que o santo não bate com o nosso, ou ainda as tímidas, as falantes, engraçadas ou as que chamamos de “sem sal”. Naturezas diversas, e muitas vezes diversas da nossa. Relações que escolhemos viver, ou que a vida nos impõe biologicamente, ou a que somos levados involuntariamente pela profissão.

O fato é que é quase humanamente impossível não nos chatearmos vez ou outra com alguém, com o jeito que determinada pessoa nos tratou, ou com o que falou, ou deixou de falar. Algumas vezes o silêncio por si só fala... Mas, de repente, o outro não compreende esse silêncio...

Consciente ou não, há sempre quem dê alfinetadas. Mas o bom senso manda, ao invés de usar o alfinete, usar a tesoura para aparar as arestas nos relacionamentos, sejam eles quais forem: de amigos, amoroso, entre pais e filhos, parentes ou colegas de trabalho. Pessoas que se amam discutem, sim! É através da boa discussão que aprendemos e crescemos, mostramos a nossa individualidade e abrimos espaço para manter a nossa privacidade e ponto de vista em vigor. Discutindo, podemos expressar nossas características e nos mostrar como somos, o que pensamos, o que queremos, como gostamos disso ou daquilo. Esse é o momento para expressar que não estamos nos sentindo confortáveis com algo, sem necessariamente atacar o outro. É aí que as pessoas se fazem conhecer e mostram o seu potencial para a relação.

Apare arestas sempre! Corte os cantinhos que te machucam, lixe, neutralize os problemas e aceite as pessoas com suas qualidades e defeitos. A vida assim pode ser mais fácil e leve de ser vivida, pode ser mais feliz.

Abaixo, segue um trecho do poema de Carlos Drummond de Andrade, onde o autor cita a importância de se aparar arestas... O poema é direcionado ao amor entre um homem e uma mulher, mas amor é sempre amor, e saber bem vivê-lo é primordial em toda relação humana.


"Para Viver um Grande Amor,
É preciso abrir todas as portas que fecham o coração.
...
É preciso muita renúncia em ser e mudança no pensar.
É preciso não esquecer que ninguém vem perfeito para nós!
É preciso ver o outro com os olhos da alma e se deixar cativar!
É preciso renunciar ao que não agrada ao seu amor...
Para que se moldem um ao outro como se molda uma escultura,
Aparando as arestas que podem machucar.
É como lapidar um diamante bruto...para fazê-lo brilhar!...“
"A Felicidade só é real quando é compartilhada."
(Christofer Mccandles)