Um amigo me contou que uma de suas ex namoradas era muito emburradinha e vivia de cara fechada. Esse amigo tinha um carrinho velho e acabadinho. Um belo dia ele resolveu trocar de carro e comprou um Peugeot 206. Acredita que o humor da mocinha mudou como da água para o vinho???
Outro amigo, que trabalhava de jeans e camisa de manga curta, precisou trocar a vestimenta de trabalho por camisa social e gravata quando ocupou uma posição de mais destaque na empresa. E não é que ele disse que o humor da sua namorada também mudou para melhor quando ela viu o amado todo estiloso?
Verdade ou não, brincadeiras e exageros à parte, o certo é que algumas mulheres valorizam certos itens – que deveriam ser de série – nos homens. Mocinho que usa gravata e tem carro anda valendo mais no mercado. E não necessariamente elas devem, por isso, ser taxadas de “maria-gasolinas”. É simplesmente pela figura masculina passar a imagem de alguém que tem poder e capacidade de cuidar delas.
Muitos homens reclamam de terno e gravata, dizendo que se sentem sufocados ou que sofrem com o calor do verão. Independente do motivo da insatisfação, o terno e a gravata continuam despertando nas mulheres encanto e sedução. Nove entre dez preferem homens de terno e gravata pelo charme, pela sedução e pela masculinidade que transmitem. Sem falar que esse traje continua sendo sinônimo de respeito, seriedade e profissionalismo.
Para mim, homem de terno e gravata é o que há!! Há quem diga que a gravata é um ícone de poder, quase um símbolo fálico carregado no peito. E muito mais que um acessório, as gravatas são uma marca de estilo pessoal.
O homem enrola e amarra pedaços de pano ao redor do pescoço há centenas de anos, mas a gravata, na forma fina e comprida com que a conhecemos hoje, só foi popularizada no século XX. Usada de diversas formas, tamanhos e cores, ela sempre simbolizou o poder masculino e representa, ainda hoje, respeito e formalidade.
Há registros de uso de lenços no pescoço por soldados chineses, no século III A.C. e também entre o Exército da Roma Antiga, como sudário. O lenço protegia não só do calor, mas também servia para estancar sangue e limpar a boca.
No Ocidente, a história mais conhecida sobre a origem da gravata data de 1618, quando um regimento croata passou por Paris durante a Guerra dos Trinta Anos, usando um lenço no pescoço. O adereço, usado com renda e depois chamado de 'cravate' (derivado da palavra 'croata'; daí a origem de gravata), virou moda na França, e passou a ser usado pela nobreza e pela realeza - Luis XIV foi um dos adeptos do novo estilo.
Embora o conhecimento de um ou dois nós sejam suficientes para o usuário moderno da peça (alguns livros dizem que existem mais de 80 tipos de nós conhecidos!), a gravata deu origem a uma verdadeira arte da amarração. Antigamente, essa amarração era um esforço tão longo e complexo , que amarrar uma gravata podia envolver vários criados. Tanto que, por muito tempo, bagunçar a gravata de outro homem era uma grave ofensa, podendo resultar até em duelos. Tipo, “não toca na minha gravata se não o bicho come!”, entendeu?
Boneco de cêra de Brummel - Museu Ventura
No começo do século XIX, o inglês Bryan Brummel ('O Belo Brummel') criou um novo estilo que reforçou o símbolo de poder das 'cravates': calça comprida, colete e casaco, camisa de gola alta com um lenço com nós sofisticados. Brummel fazia vários tipos de nós elaborados e, na época, até o rei da Inglaterra visitava sua casa para aprender os tipos de amarrações. Brummel usava gravatas com nós tããão complexos que levavam até cinco horas para ficarem prontos!!!! E sabe o que é mais bizarro? As pessoas consideravam uma honra poderem ficar sentadinhas durante todo esse tempo vendo o cara fazer esse trabalho. Isso é o que acontece quando você não tem televisão...
Apesar de as variações no estilo terem mudado ao longo do tempo, a gravata sempre foi símbolo de poder, respeito, status, masculinidade e formalidade. E dizem que quanto mais larga a gravata, maior a virilidade masculina. Você pensou em alguma relação com... hããã... esquece...
Fonte: G1