30 de julho de 2010

"Ex" na vida da gente


A gente nunca sabe quando alguém vai entrar na vida da gente. Muito menos quando vai sair, se vai sair, e como vai sair. O importante é se relacionar. Aprender com as experiências das pessoas, transmitir a elas as suas próprias experiências, crescer, agregar valores, somar alegrias, dividir inquietações. Eu parto do princípio de que viver sem mágoas e fazer amigos é o que importa. As mágoas acabam sempre surgindo nos momentos de rompimento, mas eu procuro não alimentá-las por muito tempo. Para mim, quase sempre elas passam. Costumo dizer que a vida só vale à pena se pudermos impactar positivamente outras vidas, e sermos impactados da mesma maneira. E faço o possível para transformar mágoas em carinho ou, pelo menos, respeito.

Claro que haverá sempre os impactos negativos. A ligação de um ex namorado cretino não será bem vinda. E conseqüentemente, também não será bem vindo nenhum contato que venha de pessoas da parte dele. Infelizmente, outras pessoas que se tornaram algum tipo de ex por simples ligação a “essa persona non grata”, acabam entrando para o rol dos indesejáveis. Tudo bem. Faz parte. Os momentos de trevas são igualmente importantes: são eles que nos fazem perceber a luz mais adiante.

Aposto que ao ler o título desse texto, você, caro leitor, começou a enumerar os seus ex namorados(as). Acertei? Mas se você parar para pensar, há muitos mais ex na sua vida do que você imagina, e não só de namorados(as).

A gente às vezes não pensa em manter contato com a ex sogra, o ex namorado, a ex cunhada, o ex enteado, por simples preconceito da sociedade. Todas essas pessoas podem continuar a ter muito para nos oferecer, mas nós, por querermos seguir a regra, podemos perder a oportunidade de viver relacionamentos gratificantes, que só mudaram a maneira de ser. Alguém que era bacana, cheio de alegria, divertido ou que tinha uma baita empatia com a gente, continua a ser tudo isso quando, de alguma maneira, se torna ex na nossa vida. Óbvio que em algumas situações essa relação se torna inconcebível, mas de maneira geral pode ser saudável tentar manter um contato, mesmo que esporádico, que vá nos trazer boas vivências e recordações. Óbvio também que esse contato precisa fluir naturalmente, sem que seja preciso forçar a barra para isso.

Acredito que nós devamos, pelo menos, tentar deixar o coração aberto para receber esses contatos com carinho e atenção. Afinal, só levamos dessa vida as sensações. Então, que elas possam ser as melhores possíveis, e que possam ser as responsáveis por uma vida bem vivida e gostosa de ser lembrada.

Sumi

Deve ser mais ou menos por isso mesmo que eles somem, não é amigas?? Rs...

Sumi porque só faço besteira em sua presença,
fico mudo quando deveria verbalizar,
digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar,
faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar,
pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar,
meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto, meio autêntico,
sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado,
a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.


(Martha Medeiros)

14 de julho de 2010

Quebra cabeça da vida

"Não passam as dores, também não passam as alegrias. Tudo o que nos fez feliz ou infeliz serve para montar o quebra-cabeças da nossa vida, um quebra-cabeças de cem mil peças. Aquela noite que você não conseguiu parar de chorar, aquele dia que você ficou caminhando sem saber para onde ir, aquele beijo cinematográfico que você recebeu, aquela visita surpresa que ela lhe fez, o parto do seu filho, a bronca do seu pai, a demissão injusta, o acidente que lhe deixou cicatrizes, tudo isso vai, aos pouquinhos, formando quem você é. Não tem nenuma peça que não se encaixe. Todas são aproveitáveis. Como são muitas, você pode esquecer de algumas, e a isso chamamos de passado. Não passou. Está lá dentro, meio perdida, mas quando você menos esperar, ela será necessária para você completar o jogo e se enxergar por inteiro."

(Martha Medeiros)

9 de julho de 2010

Gravata: símbolo de virilidade


Um amigo me contou que uma de suas ex namoradas era muito emburradinha e vivia de cara fechada. Esse amigo tinha um carrinho velho e acabadinho. Um belo dia ele resolveu trocar de carro e comprou um Peugeot 206. Acredita que o humor da mocinha mudou como da água para o vinho???

Outro amigo, que trabalhava de jeans e camisa de manga curta, precisou trocar a vestimenta de trabalho por camisa social e gravata quando ocupou uma posição de mais destaque na empresa. E não é que ele disse que o humor da sua namorada também mudou para melhor quando ela viu o amado todo estiloso?

Verdade ou não, brincadeiras e exageros à parte, o certo é que algumas mulheres valorizam certos itens – que deveriam ser de série – nos homens. Mocinho que usa gravata e tem carro anda valendo mais no mercado. E não necessariamente elas devem, por isso, ser taxadas de “maria-gasolinas”. É simplesmente pela figura masculina passar a imagem de alguém que tem poder e capacidade de cuidar delas.

Muitos homens reclamam de terno e gravata, dizendo que se sentem sufocados ou que sofrem com o calor do verão. Independente do motivo da insatisfação, o terno e a gravata continuam despertando nas mulheres encanto e sedução. Nove entre dez preferem homens de terno e gravata pelo charme, pela sedução e pela masculinidade que transmitem. Sem falar que esse traje continua sendo sinônimo de respeito, seriedade e profissionalismo.

Para mim, homem de terno e gravata é o que há!! Há quem diga que a gravata é um ícone de poder, quase um símbolo fálico carregado no peito. E muito mais que um acessório, as gravatas são uma marca de estilo pessoal.

O homem enrola e amarra pedaços de pano ao redor do pescoço há centenas de anos, mas a gravata, na forma fina e comprida com que a conhecemos hoje, só foi popularizada no século XX. Usada de diversas formas, tamanhos e cores, ela sempre simbolizou o poder masculino e representa, ainda hoje, respeito e formalidade.

Há registros de uso de lenços no pescoço por soldados chineses, no século III A.C. e também entre o Exército da Roma Antiga, como sudário. O lenço protegia não só do calor, mas também servia para estancar sangue e limpar a boca.

No Ocidente, a história mais conhecida sobre a origem da gravata data de 1618, quando um regimento croata passou por Paris durante a Guerra dos Trinta Anos, usando um lenço no pescoço. O adereço, usado com renda e depois chamado de 'cravate' (derivado da palavra 'croata'; daí a origem de gravata), virou moda na França, e passou a ser usado pela nobreza e pela realeza - Luis XIV foi um dos adeptos do novo estilo.

Embora o conhecimento de um ou dois nós sejam suficientes para o usuário moderno da peça (alguns livros dizem que existem mais de 80 tipos de nós conhecidos!), a gravata deu origem a uma verdadeira arte da amarração. Antigamente, essa amarração era um esforço tão longo e complexo , que amarrar uma gravata podia envolver vários criados. Tanto que, por muito tempo, bagunçar a gravata de outro homem era uma grave ofensa, podendo resultar até em duelos. Tipo, “não toca na minha gravata se não o bicho come!”, entendeu?



Boneco de cêra de Brummel - Museu Ventura
No começo do século XIX, o inglês Bryan Brummel ('O Belo Brummel') criou um novo estilo que reforçou o símbolo de poder das 'cravates': calça comprida, colete e casaco, camisa de gola alta com um lenço com nós sofisticados. Brummel fazia vários tipos de nós elaborados e, na época, até o rei da Inglaterra visitava sua casa para aprender os tipos de amarrações. Brummel usava gravatas com nós tããão complexos que levavam até cinco horas para ficarem prontos!!!! E sabe o que é mais bizarro? As pessoas consideravam uma honra poderem ficar sentadinhas durante todo esse tempo vendo o cara fazer esse trabalho. Isso é o que acontece quando você não tem televisão...

Apesar de as variações no estilo terem mudado ao longo do tempo, a gravata sempre foi símbolo de poder, respeito, status, masculinidade e formalidade. E dizem que quanto mais larga a gravata, maior a virilidade masculina. Você pensou em alguma relação com... hããã... esquece...


Fonte: G1
"A Felicidade só é real quando é compartilhada."
(Christofer Mccandles)