12 de novembro de 2008

Natal


Está se aproximando a época do ano que eu mais gosto: o Natal!
Essa é uma data que para mim é muito especial, e pela qual eu ainda sinto o mesmo encanto que eu sentia nos tempos de infância.
Posso fechar os olhos e passear pela memória dos meus Natais... e posso sentir a felicidade de outrora me contagiando. Pura nostalgia...
Meus pais sempre fizeram questão de montar a árvore de Natal, enfeitar a casa com pisca-piscas, programar a festa na casa da minha avó (vovozinha, quanta saudade!), sair com meus irmãos e eu para comprar os presentes, comprar roupas novas para a data, enfim, na minha casa o Natal sempre foi tratado como um acontecimento especial, que é como deve mesmo ser.

Mas o mais mágico de se lembrar se concentra na cartinha para o Papai Noel, que meus pais incentivavam os meus irmãos e eu a escrever.
Meus irmãos eu não sei, mas eu acreditei no bom velhinho – aquele mesmo, de roupa vermelha, barba branquinha, sininho na mão - até por volta dos meus oito anos. Todos os anos eu escrevia a carta, e ficava maravilhada ao receber o presente pedido! Na minha inocência eu nunca percebi como os adultos faziam para colocar o presente do Papai Noel no meio dos outros presentes que já estavam ao redor da árvore, sem que eu percebesse todo o movimento suspeito para tal. Criança é um ser tão lindo e puro... Eu tive, em muitos daqueles anos, a certeza absoluta de ter visto o trenó do Papai Noel no céu, de ter visto o vulto dele, de ter visto a mão dele naquela luva branca me acenando um tchauzinho. Sim, eu vi mesmo!!!! Tudo que a minha imaginação e ingenuidade me permitiram ver naqueles dias natalinos fazem parte das sensações que eu vivi e que me permitiram ser o que eu sou hoje. E a mão do Papai Noel eu vi sim! É que era a mão da minha avó - do lado de fora da janela, no terreiro que era mais baixo que o nível do quarto - me dando um tchau mais que especial. E ela bem sabia que aquele tchau iria fazer diferença na minha vida... Essa fantasia de criança é muito saudável; é o primeiro passo para que possamos ir compreendendo ao longo da vida como podemos transformar um desejo em realidade. Mesmo depois que a infância passa, a magia da época do Natal e a chegada do Papai Noel são fatos que ficam marcados para sempre na memória e que influenciam, inclusive, a educação dos filhos que a gente possivelmente venha a ter.

E essa aura de magia é que começa a formar dentro da gente um sentimento importantíssimo que muita gente perde quando cresce: a esperança.”

Incentivar os filhos a viverem as fantasias da época de criança, vivendo cada etapa de suas vidas, é fundamental para que eles aprendam a vivenciar as transições de maneira saudável, como por exemplo, descobrir, um dia, que o Papai Noel é o seu próprio pai, ou mãe. Os pais são o suporte para essas e outras descobertas, e isso vale para a vida toda! Por isso, relembrar os meus Natais é tão significativo para mim. Me faz confirmar o fato de que meus pais, principalmente, e todos os outros adultos, contribuíram para eu viver a inocência do Natal da maneira mais saudável que pode ser vivida. E foi assim, de maneira saudável, que eu descobri essa invenção de Papai Noel. E descobri que “Papai Noel morava mesmo no céu, de onde vem tudo o que é bom e que a gente vai guardando dentro da gente, como parcas moedas sendo depositadas em cofrinhos da alma. Ele não tinha forma, barba, roupa, letra de forma, sino ou saco de presentes. Ele tinha espírito natalino. E é nisso que eu acredito até hoje.”

“ “ – Trechos extraídos do texto Papai Noel e eu: cartas, de Kandy – Blog Idéias na Janela


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(Christofer Mccandles)