4 de julho de 2012

Anos 80


Muitos dizem que a década de 1980 foi uma década perdida. Isso se levarmos em consideração a economia do país, que cresceu pouco. Houve uma perda na capacidade de consumo da população, grande desemprego e altas taxas de inflação. No Brasil, a década de 80 foi a época que trouxe o final do ciclo de expansão vivido nos anos 70.   
Mas se consideramos o lado cultural, foi a melhor década de todas! Época alegre, irreverente e carismática, com muitas baladas, músicas, filmes, jogos, brinquedos e roupas extravagantes. As músicas dos anos 80 são ouvidas até hoje com bastante nostalgia e frisson. Baladas como a Festa Ploc, Festa Supra Sumo e Projeto Autobahn não deixam a chama dos anos 80 se apagar. Músicas dos anos 80 embalam não só os mais velhos, que eram adolescentes na época, mas também os mais jovens, que curtem a animação dos flashbacks, telões com filmes e clipes da época.  
Acredito que os jovens cantores que fizeram a década de 80 acontecer, eram jovens que possuíam cultura e eram politizados, e por que não dizer, eram intelectuais! Por isso as letras das músicas não eram ridículas como são hoje. Através da música se protestava, se expressava uma ideia. As músicas tinham conteúdo interessante, e até ajudavam as pessoas a desenvolver um pensamento crítico-social diante da situação do país. Os artistas não eram Emos se achando roqueiros, e as canções não tinham puramente um apelo sexual. Nos anos 80, a música foi essencial para expressar as emoções dos jovens apaixonados por ideais e que tinham sonhos.

Hoje estamos numa era tecnológica e os indivíduos têm buscado outras fontes para recarregar suas energias. As pessoas passam horas e horas na frente de um computador, buscando informações, interagindo com pessoas, baixando filmes, canções, etc. O gosto mudou, a música mudou, e as pessoas apenas seguem o ritmo de cada tempo. Sem contar que os jovens dos anos 80 tiveram, em sua maioria, boa escola na infância e adolescência, ainda que fosse pública. Por isso acredito que foram capazes de criar de forma espetacular as músicas, filmes, objetos da época. Eram mentes espertas e que correram atrás de sonhos. Os jovens de hoje foram crianças e adolescentes na década de 90, quando a educação não foi nenhuma maravilha. Nos anos 90 a qualidade do ensino piorou. Antes, tínhamos uma educação melhor, porém elitizada. Em 90 a educação assumiu um caráter universalista, a cobertura foi ampliada, no entanto, com perda de eficiência. Assim, creio eu, criou-se menos cabeças pensantes e inteligentes, e isso se reflete em todo e qualquer aspecto que possamos analisar, inclusive na cultura.
Nada supera os brinquedos e as brincadeiras dos anos 80: atari, pogobol, gênius, pega-vareta, autoramas. E se não tivéssemos nenhum desses tesouros em casa, tínhamos sacos de bolinhas de gude, montes de figurinhas, elástico (para brincar de pular), amarelinha e uma esperteza fenomenal para trapacear no bafo.

Para quem foi adulto na décaa de 80, talvez esta tenha realmente sido considerada perdida, afinal, as preocupações de um adulto eram outras.  Mas para aqueles que foram crianças e jovens, jamais poderia ter existido uma década tão boa quanto a de 80. A melhor para ser criança, a melhor para se ter sonhos, a mais deliciosa. A única!

Fonte: Wikipedia e Projeto Autobahn (www.anos80.com.br)





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(Christofer Mccandles)